quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gafe da Coca Cola


Num comercial veiculado atualmente, a Coca Cola brinca com uma série de gafes, comparando o fato de não ter camisinha na hora do rala e rola, de esquecer o nome da moça etc. a não ter Coca Zero na geladeira da casa em festa...
A pior gafe porém é do sujeito descobrir um pacote inteirinho e fechado na geladeira!
Consumidor consciênte e frequentador habitué do Bistrô PortoSol sabe que tudo que vai à geladeira deve ser lavado antes. Inclusive garrafas e latinhas...... e com detergente.
Não se deve guardar jamais pacotes de latas interias e fechadas na geladeira!
Latas e garrafas devem ser lavadas uma por uma, antes de por na geladeira ouno freezer! Coisa que a Coca Cola ignorou solenemente! Como pode?
Por falar em lavar objetos em bares e restaurantes. Depois de servir um prato de comida caseira austro-húngara e desejar um bom apetite aos comensais, o trio do BistrôPortoSol se debruça sobreas panelinhas, lavando-as, deixando-as prontas para o próximo pedido.
Preocupações e demora inexistentes nos bares e restaurantes, onde todacomida vem da fritadeira ou do forno micro-ondas.
Como as receitas do Bistrô PortoSol são de uma época em que ainda não haviamicro-ondas nem fritadeiras, ou outras modernidades, assumimos por completa cozinha à moda antiga, preparando todas as comidas na panelinha.
Novidade no Bistrô PortoSol, só se for o cartão de crédito, além do cartão de débito!

Cartão de Crédito no Bistrô PortoSol



Joelho de Porco com Chucrute e Batatas, Lombo Suíno à Moda Húngara e todos os demais ítens de comida caseira austro-húngara do cardápio do Bistrô PortoSol,

você paga agora com Cartão de Crédito oi Débito!

Bom apetite

Reinhard Lackinger

Diabinhos da Barra



Todo início da noite, de terça feira a sábado, enquanto Josélia arruma a sala, fico sentado numa das cadeiras embaixo do toldo do lado de fora do Bistrô PortoSol, olhando o movimento dos trabalhadoes da praia recolhendo cadeiras de lona, caixas de isopor e outras tralhas necessárias na lida diária.
Embora tenha deixado de contar as vezes de passantes jogarem lixo no chão, ou preferencialmente numa das bocas de lobo - onde ao meu ver deveria ter uma cestinha de lixo por perto - fico ainda aborrecido com esse desleixo.
De repente aparece uma figura humana, que aparentemente pouco se importa com a moda, jogando o copo, no qual mamava até agora... jogando o copo vazio no chão, bem na minha frente.
Eu não disse nada, porém senti o gesto como uma agressão pessoal!
Vejamos... essa rua teoricamente é tão da pessoa que a sujou quanto minha. Na prática e na minha cabeça não é!!

Sinto a agressão do lixo jogado displicentemente na minha rua, na rua, onde pago IPTU de bairro nobre, como se essa figura humana - que deve morar numa daquelas ruelas mostradas nas reportagens do Bocão, do coisa do Oziel e no "na mira" - ... como se essa figura humana e embaixatriz do inferno quisesse me castigar pela minha indiferença, pela parte da culpa que me cabe por ela, a infratora dos bons costumes, morar - quem sabe - numa favela, onde o poder público ainda é mais ausente do que no Porto da Barra.

Ora, posso até compreender a impotência surda que uma pessoa dessas sente, querendo se vingar de um "barão" pela miséria em que se encontra, mas não é assim que se resolve o problema da urbanização de Salvador.

O problema da urbanização de Salvador e também da violência se resolve com a repressão das menores e mais simples infrações, dos menores problemas de desordem pública... por mais "miliquesco" e estúpido isso possa soar!

A gente só vai poder valorizar a nossa cidade, quando a gente se incomodar e se importar com os detalhes aparentemente mais insignificantes, com as pequenas agressões como a que acabo de relatar.

Gente.. a violência não começa apenas quando um meliante saca um revolver, dispara uma arma, agride mortalmente outras pessoas!
Ações como poluição sonora, lixo jogado, mijadinha no poste, roubadinha no trânsito etc. são embriões da violência.
Se a gente conseguir coibir esses pequenos pecados, eliminando essas infrações miúdas de nosso quotidiano - com multa! - a gente passará a viver numa cidade mais justa e mais produtiva, com um "Custo Salvador" bem menor, possibilitando prosperidade para todos... não só para aquela meia dúzia de espertalhões que ganha dinheiro com a muvuca, trazendo farofeiros do inferno para zoar embairro nobre.
Pior... nenhum gestor público pensa em enquadrar desordeiros. Ele vê neles eleitores em potencial, precisa do voto deles!