terça-feira, 30 de março de 2010

uma boa resposta

Na última vez em que Carlos Belomonte, vulgo Cacá Paulista, marido de uma prima, esteve no Bistrô PortoSol, ele cogitava aderir ao programa de demissão voluntária na grande emrpesa em que trabalhava.

Terça feira passada, ele voltou, mediu com com ar enigmático o bistrô sem clientes, colocou a pasta na cadeira, apanhando um cardápio, puxando conversa.
Do cartão de visita, além do nome dele, saltaram duas palavras: "Business Consulting".

Não havendo mais nenhuma dúvida quanto às intenções dele, sentou-se, abriu a pasta, colocando diante de si uns papéis e um palmtop.

- Qual é seu público alvo -?, perguntou, sem esperar resposta.
De cabeça baixa e folheando o cardápio continuou:

- Há aquelas pessoas que frequentam restaurantes finos, com comida pouca e cara, com gente bonita nas mesas e um exército de serviçais lambendo o chão por onde o cliente passa.
Há aqueles que se sentem à vontade apenas no mesmo local de sempre, numa pizzaria, numa churrascaria, num restaurante com comida a peso.
Há quem afirme que a garotada tenha aderido à febre da comida japonesa por comodismo.
A comida já vem aos bocados, e manejar hashi, isto é, os pauzinhos, para muitos é mais fácil do que comer elegantemente com garfo e faca...
Quem vem comer aqui na taverna de vocês?

Voltando a olhar em volta, reparando no local vazio, fechou o cardápio, rescostou e disse:
- Sua proposta é inviável! Do jeito que você toca essa sua taverna, você não vai a lugar algum. Você precisa urgentemente do suporte técnico, do conselho de um especialista.
É verdade que bons conselhos são caros, porém... insistir no erro pode ficar bem mais caro...

Você exige que os seus clientes leiam e interpretem o seu cardápio... que eles entendam a descrição resumida de pratos completamente estranhos.
Isso é tão utópico quanto querer que leiam os seus e-mails, as suas crônicas.

Você nem ao menos tem um acrílico na porta de sua taverna. Uma dessas placas luminosas com propaganda de alguma bebida. Quem passa, às vezes nem sabe que isto aqui é uma taverna. -

Dois rapazes chegaram, ocupando uma das mesas no passeio, pedindo linguição com mostarda forte.

- A pouca clientela que você tem, fica presa à mesmice das salsichas.
Poucos se aventuram, querendo conhecer outros pratos.

Você deveria substituir todos esses cartazes de cinema antigo que você tem na parede por fotografias coloridas de seus pratos.
Igualzinho como fazem os restaurantes em praças de alimentação em shopping centers -, disse Cacá Paulista, tendo a preleção interrompida outra vez com a chegada de clientes habitué...
mesa 5 para seis pessoas...

- Comida caseira como na casa da mãe! Isso não é comercial. Trabalhar sem processador, sem fritadeira, sem forno micro-ondas... cortando tudo com a faquinha e cozinhar na panelinha. Ninguém vai dar valor a isso!
Vocês têm que se modernizar!

Não pude dizer nem argumentar nada. O pessoal que acabara de chegar exigiu a minha atenção, pedindo lombo suíno à moda da casa com puré de maçã mais ou menos picante, prato medieval e carne suína defumada com repolho roxo, batatas aceboladas e mostarda forte...
Mesa 8, que nem vi chegar, quer que eu demonstre como tirar chope da garrafa.

De repente estive tão atarrefado que nem vi quando Cacá Paulista foi embora.

Salvador 24 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Esse cara nunca me convenceu!

Ele parece ser uma mistura de um
sumo-sacerdote com certo coronel
maranhense que nunca ouvira falar
de Jesus Cristo!

Aliás, faz muito tempo que o
Espírito Santo não aparece no
Vaticano.

quarta-feira, 24 de março de 2010

uma boa resposta

Na última vez em que Carlos Belomonte,
vulgo Cacá Paulista, marido de uma prima,
esteve no Bistrô PortoSol, ele cogitava
aderir ao programa de demissão voluntária
na grande emrpesa em que trabalhava.

Terça feira passada, ele chegou, mediu com
os olhos serrados o bistrô sem clientes com
ar enigmático, colocou a pasta na cadeira,
apanhando um cardápio, puxando conversa.
Do cartão de visita, além do nome dele,
saltaram duas palavras: "Business Consulting".

Não havendo mais nenhuma dúvida quanto
às intenções dele, sentou-se, abriu a pasta,
colocando diante de si uns papéis e um palmtop.

- Qual é seu público alvo -?, perguntou,
sem esperar resposta. De cabeça baixa e
folheando o cardápio continuou:

- Há aquelas pessoas que frequentam
restaurantes finos, com comida pouca e cara,
com gente bonita nas mesas e um exército
de serviçais lambendo o chão por onde o
cliente passa.
Há aqueles que se sentem à vontade apenas no
mesmo local de sempre, numa pizzaria, numa
churrascaria, num restaurante com comida a peso.
Há quem afirme que a garotada tenha aderido à
febre da comida japonesa por comodismo.
A comida já vem aos bocados, e manejar hashi,
isto é, os pauzinhos, para muitos é mais fácil do
que comer elegantemente com garfo e faca...
Quem vem comer aqui na taverna de vocês?

Voltando a olhar em volta, reparando no local
vazio, fechou o cardápio, rescostou e disse:

- Sua proposta é inviável! Do jeito que você toca
essa sua taverna, você não vai a lugar algum.
Você precisa urgentemente do suporte técnico
do conselho de um especialista.
É verdade que bons conselhos são caros, porém...
insistir no erro pode ficar mais caro ainda...
Você exige que os seus clientes leiam e
interpretem o seu cardápio... que eles
entendam a descrição resumida de pratos
completamente estranhos.
Isso é tão utópico quanto querer que leiam
os seus e-mails, as suas crônicas.
Você nem ao menos tem um acrílico na porta
de sua taverna. Uma dessas placas luminosas
com propaganda de alguma bebida.
Quem passa, às vezes nem sabe que isto aqui
é uma taverna. -

Dois rapazes chegaram, ocupando uma das
mesasno passeio, pedindo linguição com
mostarda forte.

- A pouca clientela que você tem, fica presa à
mesmisse das salsichas. Poucos se aventuram,
querendo conhecer outros pratos.
Você deveria substituir todos esses cartazes de
cinema antigo que você tem na parede por
fotografias coloridas de seus pratos.
Igualzinho como fazem os restaurantes em praças
de alimentação em shopping centers -, disse
Cacá Paulista, tendo a preleção interrompida
outra vez com a chegada de clientes habitué...
mesa 5 para seis pessoas...

- Comida caseira como na casa da mãe!
Isso não é comercial. Trabalhar sem processador,
sem fritadeira, sem forno micro-ondas...
cortando tudo com a faquinha e cozinhar na
panelinha. Ninguém vai dar valor a isso.
Vocês têm que se modernizar!

Não pude dizer nem argumentar nada.
O pessoal que acabara de chegar exigiu a minha
atenção, pedindo lombo suíno à moda da casa
com puré demaçã mais ou menos picante,
prato medieval e carne suína defumada com
repolho roxo, batatas aceboladas e mostarda
forte...
Mesa 8, que nem vi chegar, quer que eu
demonstre como tirar chope da garrafa.
De repene estive tão atarefado que nem vi
quando Cacá Paulista foi embora.

Salvador 24 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Quem conhece o famoso psicólogo de massa Shmuel Gefiltfish y Mazzes, sabe que ele
não mede palavras. Às vezes a fala dele é chula pra dedéu!

- O povaréu, até outro dia invisivel e inaudível, de repente bota as manguinhas do lado
de fora, se rebela, fala alto, impõe a presença dele em supermercados e até em vôos
domésticos -, disse Gefiltfish y Mazzes, mastigando um pedaço de linguição com
mostarda forte.

- O povaréu -, continuou Shmuel Gefiltfish y Mazzes, - O miserável que nunca teve
merda no cu pra cagar, de uns tempos para cá apresenta interessantes alterações na
anatomia.
As alterações internas e ao longo do tubo intestinal são mais difíceis de enxergar.
Presume-se porém uma ligeira aceleração dos movimentos peristáltios pela ingestão
de comida.

Será que o bolo, aquele bolo, do qual falaram os nossos economitas há décadas... será
que o bolo finalmente cresceu e está sendo dividido só agora... e ninguém me avisou?

A nova anatomia do pobre brasileiro se percebe logo nas extremidades superiores.
A mão esquerda agora pressiona um aparelho de telefone celular de última geração
contra o ouvido, enquanto a mão direita leva um latão de cerveja até o beiço, jogando-o
no chão tão logo o latão ou o copo de plástico esteja vazio... Mãos que também jogam
papéis e todo tipo de embalagens de coisas, que pobre anda comprando agora...
... Só para você ter uma idéia, há povos com gente, cuja mão não é capaz desse
movimento.
Os músculos dos braços não conseguem jogar lixo nõ chão, nem os dedos soltar
papeluchos fora do lugar, acertando sempre na cesta de lixo...

Espantoso também acho as alterações no pulmão desses novos pobres e ex-
miseráveis, perceptível a cada berro ecoando pelas ruas.

Como psicólogo de massas -, disse Shmuel Gefiltfish y Mazzes, - como psicólogo
de massas prevejo um trabalhão pela frente. Um monte de serviço para dar
conta de todo esse exército de monstrinhos de Frankenstein em forma de novos
consumidores com respectiva "demanda reprimida" durante séculos, complexo
de inferioridade a flor da pele mais ou menos clara... sem falar da divisão
misteriosa daquele bolo... formando um imenso bolo fecal!

Vejo, ou melhor, veria uma tarefa penosa pela frente, se não fosse uma dúvida
atróz...
Devo ou não me concentrar apenas na alteração da anatomia dos pobres, sem levar
em conta eventuais sinais de desvio de conduta dos que ocupam o lado oposto
da pirâmide?
Uma amiga me contou outro dia ter visto alguém jogar da janela de uma limousine
importada um monte de papéis picados. Os ocupantes daquele veículo de luxo
não pareciam ter o perfil de quem recebe "Bolsa família"... e o dono do Husky, que
faz um quilo de cocô no meio de seu passeio não deve morar numa invasão...

Acho que vou comprar um apartamento no vigesimooitavo andar da Prime Alpha
Mansion.
Endereço adequado para quem tem que escrever sobre a nova anatomia do pobre -,
concluiu Shmuel Gefiltfish y Mazzes, afastou o prato, bebeu um último gole da
cerveja e saiu sem pagar.

Salvador 21 de março de 2010

Reinhard Lackinger

essas baboseiras dão uma gentil oferta do taverneiro do Bistrô PortoSolwww.reg.combr.net/bistro.htm

quinta-feira, 18 de março de 2010

Terrorismo da VEGA na Barra


Contra "fotos" não tem argumentos!
A imagem mostra o carro compactador da VEGA
manobrando por volta das 22:00horas, quando
ainda há gente jantando nas mesas de bares e
restaurantes na orla da Barra.
Além de queda, coice!
Além de eventos com trânsito caótico, montes de lixo e fedor de urina, temos de aguentar também
a fedentina penetrante dos carros compactadores da VEGA no nosso nariz!
A coleta do lixo - infelizmente apenas 3 vezes por semana - deveria ser feita primeiro nas ruas
residenciais e por último na orla, onde há a maioria dos bares e restaurantes.
Isso encurtaria o tempo de exposição dos sacos às mãos dos badameiros itinerantes e devolveria o conforto de frequentadores de bares e restaurantes, além de colaborar com os comerciantes que pagam IPTU caro!
O terrorismo da VEGA afugenta a nossa clientela, minando eventuais tentativas de fazer da
Barra o lugar agradável de antigamente.

Estupidez criminosa

Todo Brasil viu ontem a a cena "herodiana" daquela mulher horrível arrancando o bebé da mãe.

O que até agora não se comentou, foi o fato daquele "tribufú" fardado, com a criança berrando desesperadamente, pegar a viatura e se sentarna frente e no assento do carona, com a menor no colo... praticando um ato inseguríssimo.

Toda a ação foi motivada para supostamente proteger a neném da mãe, que usara a criança para pedir esmola.
Preferiu-se permitir que uma megera incapaz expusesse uma menor incapaz ao perigo iminente de, num freio ou qualquer solavanco do veículo, cair e perder a vida!

Não bastasse este ato de estupidez, a VEGA voltou a recolher o lixo - devidamente curtido e fermentado por 48 horas - na orla daBarra mais cedo e antes das 22:00horas, a fim de que os clientes de bares e restaurantes pudessem desfrutar do fedor medonho que o carro compactador exalava.

Pior, em vez de se deslocar para outros pontos da rua, onde havialixo depositado diante das casas, os auxiliares ágeis da VEGA vinham trazendo os sacos de lá, enquanto o caminhão compactador permanecia por mais alguns minutos parado a poucos metros de gente jantando, obrigada a sentiro odor pútrido, que invadia estabelecimentos, com o fedor sendo sentido até na cozinha.

Qual é o problema desse tipo de pessoas a serviço do povo?
É apenas despreparo, é burrice, é cinismo?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Escape gastro-etílico

Estive recentemente com o escritor Remy Valduga em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.

Remy contou que teve o livro "Sonhos de imigrante"- a saga de seus antepassados - traduzido para o italiano e que o governo da terra natal de seus avós havia feito uma edição de 10 000 exemplares, para que os italianos de hoje ficassem sabendo do paradeiro de seus conterrâneos que há uns 135 anos fugiram da fome de terras entre a Itália e a Áustria, migrando para a América.

Olhando para a história dos imigrantes no Brasil, não há como imaginar esta esplendorosa terra tropical sem a bagagem cultural que trouxeram os estrangeiros de seu país de origem.

Estou falando de experiências únicas e valiosas, que temos diante de nós e praticamente de graça!

Para quem costuma curtir a Áustria dos anos 50 do século passado noBistrô PortoSol com gastronomia exclusiva e pratos fartos elaborados na hora de acordo com o paladar de cada um, a coisa não sai tão de graça assim, mas vale a pena. Cada ida ao Bistrô PortoSol é uma nova aventura, uma nova viagem pelo cardápio austro-húngaro, num ambiente ordeiro, em meio a uma decoração retrô e embalado por uma trilha sonora de época.

abraços gastro-etílicos

Reinhard Lackinger
o taverneiro do Bistrô PortoSol www.reg.combr.net/bistro.htm

terça-feira, 16 de março de 2010

questão de postura

Questão de postura

Nossa cultura, a depender do momento, exige certa liturgia.
Dificilmente você verá um padre católico celebrar uma missa solene
vestindo a mesma roupa com a qual ele anda na rua.
Dizem que é a coroa na cabeça que dá ao soberano a postura real...
e você já reparou n´algum coronel matutão sem aquele chapéu preto?

Nós austríacos somos bons nesse cerimonial da roupa adequada para
cada ocasião e para cada ambiente.
Conta-se que no chiquérrimo Hotel Sacher de Viena, nos anos 60 do
século passado, o multimilionário e famosíssimo regente Herbert von
Karajan foi barrado ao querer entrar num ambiente, onde a gravata
era obrigatória.
Karajan, como se sabe, só andava com blazer e sueter com gola rolé.

Penso nisso toda vez que percebo gente seminua, sem camisa em
espaços mais ou menos populares como supermercados, apesar da
proibição estampada em letras garrafais bem na entrada.

De gente com corpo coberto se espera um comportamento civilizado
e não invasivo, enquanto que uma pessoa seminua parece estar vestida
para gandaia, pronta para zoar e aprontar todas!

Penso nisso, enquanto me lembro do fechamento do glamouroso Hotel
da Bahia, enquanto o Hotel Sacher vai muitíssimo bem obrigado.

Salvador, idos de março 2010

Reinhard Lackinger


Epílogo... um tanto panfletário... mais um

Penso também nos outros hotéis de Salvador, que já viram dias melhores
e principalmente noites mais calmas, mais "família" ...isto é, sem rameiras,
para quem ainda não entendeu onde quero chegar.

Basta olhar em volta, vendo a bagunça na rua, a poluição sonora edescobrir
o porquê Salvador não é destino para turista tipo caixa alta como por
exemplo Mônaco, como Nice, Corfú, Marbella etc.Belezas natuaris e
arquitetônicas temos de sobra!
Também temos o melhor mar para velejar, uma história e uma cozinha
interessantíssima, ganhando de qualquer outra cidade do mundo que vem
faturando alto com turismo.

Pois é, me corta o coração vendo o pedaço mais lindo do sistema solar
servindo apenas de cenário porno-erótico para gringos tipo "pé-sujo",
sem modos, sem cultura e sem grana se enrolando com sacizeiros locais
ao som exageradamente amplificado do que temos de pior na MPB.

Enquanto o poder público insistir nessa soap-opera horrível, nessa
tragicomédia de péssimo gosto, vamos continuar perdendo bilhões em
receita com turismo de qualidade.

"Pé de chinelo" seminu sendo tolerado em supermercado mostra bem às
quantas anda a nossa auto-estima.
Gerente de supermercado prefere ganhar uma merreca, mesmo sabendo
que com essa falta de postura pode afugentar cliente bom e habitué.

Não nos faltam apenas turistas de qualidade. Antes disso necessitamos de
políticos de qualidade, com postura de gente grande... e coragem para
"peitar" as nulidades que nos últimos anos se adonaram da Barra!

Basta tirar a muvuca da Barra, da Ondina... e as putas fuleiras, garotos
de programa e os sacizeiros sumirão por si, deixando espaço livre para
novos equipamentos hoteleiros e turistas classe "A", fequentadores em
potencial do Bistrô PortoSol, é claro!
Quem ainda não entendeu o que quero dizer com este texto, basta vir ao
Bistrô PortoSol e conferir a frequência para saber o que eu chamo de cliente
classe "A"!
"Turistas" nota 10 daqui memo, soteropolitanos ou não, brasileiros, gente
finíssima viajando através do cardápio austro-húngaro, a bodo de uma nau
chamada Bistrô PortoSol, com uma tripulação diferentede tudo que você
já viu na vida... a começar pelo taverneiro ;-)))

segunda-feira, 15 de março de 2010

Demanda reprimida

Nós alunos da escola profissionalizante, pertencente a uma das maiores e mais importantes aciarias do mundo, a Geb. Böhler & Co Ag, empresa estatal de Kapfenberg, Áustria, desde o primeiro ano do aprendizado no início dos anos 1960 ganhamos uma bolsa de estudos, que aumentava de ano para ano.

A idéia era de nos dar além de uma formação profissional, também uma noção de como usar dinheiro, fazendo de nós não só técnicos competentes, como também consumidores consciêntes.

A maioria de nós gastava o dinheiro com bobagens, com discos, com roupa da moda para ir a festinhas. Era um desfile de calças boca de sino, ternos de lycra, sapatos de camurça..
Eu comprei um microscópio com uma série de acessórios.
Não consegui ver nada além de uns protozoários e o lento murchar das células de uma pele de cebola. Faltava-me conhecimento e paciência para preparar lâminas...

Estarei muito errado se eu comparasse aquela nossa bolsa de estudos com o Bolsa Família?

De uns tempos par cá, sentado do lado de fora do Bistrô PortoSol no início da noite, enquanto Jô arruma a sala, acompanho um desfile de gente simples com uma postura nova, novíssima:

A mão esquera apertando um telefone celular de última geração contra o ouvido, com o sujeito berrando para todo mundo ficar sabendo da conversa, enquanto a mão direita leva um latão de cerveja à boca. Fiquei sabendo de outros absurdos: a empregada de uma conhecida, ganhando salário mínimo e tendo que sustentar sozinha três ou quatro rebentos, comprou para a filha caçula uma daquelas bonecas gigantes que falam, fazem xixi e quem sabe, cocô...
Demanda reprimida, diriam os economistas!

Como otimista incorrigível quero crer que esse dinheiro do bolsa família sirva para acostumar as pessoas na base da pirâmide a terem dinheiro e de quererem mais e mais bufunfa no bolso... despertando para o consumo, começando a se preparar, capacitando-se para trabalhos e cargos cada vez mais bem remunerados.
Quem sabe, além daquela lata de cerveja o sujeito em breve não se torna cliente do Bistrô PortoSol, comendo petiscos e especialidades austro-húngaras e bebendo cerveja temperada com lúpulo...

Aquele microscópio doei para a comunidade de Jequitibá. O queimador Bunsen tenho até hoje. Usamos ele como fonte de calor do rechaud para quando fazemos uma fondue de queijo.

Essas baboseiras são uma gentil oferta do taverneiro do Bistrô PortoSol, que pratica uma gastronomia exclusiva fora do circuito Pizzaria-Praça de Alimentação-SushiSashimi-Creperia-Caranguejo... www.reg.combr.net/bistro.htm ... e onde você tempera a cerveja com lúpulo, de acordo com o seu paladar!

Reinhard Lackinger
Bistrô PortoSol, aberto de terça a sábado a partir das 18:37h 71 3264-7339 9963-6433

sábado, 13 de março de 2010

Pimenta no dos outros

O que você diria se fosse impedido de trafegar por seu bairro fim de semana sim,
outro também???

O que você diria se fosse impedido de dormir por conta de um som amplificado em
excesso, vindo de um palco montado a pouos metros de sua residência???
... sabendo que Poluição Sonora é crime!!!

O que você diria se seu bairro fosse invadido todo fim de semana por ambulantes
com respectivas caixas de isopor a espera de gente vinda de toda cidade em busca
de muvuca patrocinada pelo poder público,...

... deixando para trás um rastro fétido de lixo e urina???

Escrevo isso neste sábado, dia 13 de março de 2010 às 21:50 horas, enquanto vejo
pela janela a Av. Princesa Isabel com o trânsito, ouvindo os freios dos ônibus se
arrastando lentamente ladeira abaixo em direção do Porto da Barra.

Escrevo isso enquanto deveria estar trabalhando no Bistrô PortoSol, atendendo
minha clientela, servindo comida caseira austro-húngara num ambiente
exclusivao, leve e ordeiro.

O que você diria, estando impedido de trabalhar, de exercer as suas atividades
profissionais, tendo o seu estabelecimento assediado por grupos de pessoas que
querem apenas usar o seu sanitário limpinho e cheirosinho, enquanto a sua
clientela habitué não pode desfrutar de gastronomia exclusiva por culpa do
trânsito complicado toda vez que houver um evento na Barra???

Você pagaria o IPTU satisfeito, vendo o seu bairro sendo transformado num
cenário de bagunça coletiva, num sinônimo de baderna???

Ainda bem que acabou o Espicha-Verão, voltando a Barra à normalidade!!!

Será que um dia esse pessoal sem noção vai acordar e perceber que não há
nenhuma condição para montar eventos dessa ordem na Barra?

O que você diria se esse pessoal sem noção amanhã escolher o seu bairro para
fazer dele mictório a céu aberto, promovendo shows, eventos, inundando suas
ruas com ambulantes e caixas de isopor, churasquinho de gato e montes de lixo,
enquanto você e sua família estão impedidos de sair de casa???

Por favor me responda! Deixe o seu comentário!

obrigado

Reinhard Lackinger
o taverneiro do Bistrô PortoSol

segunda-feira, 8 de março de 2010

Como ter Sanitários Públicos usáveis em Salvador

Muito se fala na falta de educação do povo, referindo-se aos que jogam lixo na rua, não recolhendo as fezes dos cachorrinhos, aos que urinam em qualquer parte da cidade, para no minuto seguinte constatar que não há como cobrar nada dos cidadãos, já que não há lixeiras ou distribuidas sem lógica pela cidade, como não há um santitário público sequer.

Refiro-me a sanitários públicos usáveis, como o esboço que apresento a seguir.

Penso que não há educação sem fiscalização! Enquanto não houver agentes fardados admoestando e multando transgressores e principalmente os mijões contumazes, a gente terá que se limitar a se queixar e a sentir o fedor de urina.

Pode-se autuar quem não recolher o cocô do cãozinho - algo que a depender do tamanho do bicho pode pesar um quilo - , já que é obrigação da dona do Poodle, do dono do Rottweiler trazer um saquinho de casa.
No caso do lixo e da urina não há como admoestar ninguém, já que não há lixeira, muito menos sanitário público.

Já discuti com um preposto da Vega o design da lixeira igual em todo Brasil dizendo que na Bahia essas cestas de lixo, que mais parecem "caixas coletoras dos correios" não funcionam... como toda coleta de lixo na cidade é precária!
Mesmo assim, se em cada esquina e em cada ponto de ônibus tiver uma lixeira, logo logo o cidadão se acostumará com isso, não jogando mais o lixo no chão ou na bocade lobo, alvo predileto dos Sujismundos da atualidade.

Quanto ao problema do xixi e do cocô do povo, apresento aqui um esboço que pode ser desenvolvido até por alunos de arquitetura, por estudantes de engenharia civil.

Não basta ter um sanitário público! É preciso dar manutenção, ter limpeza 24 horas por dia!

Por favor imagine um quiosque numa praça, num local, onde houver um espaço redondo com uns 5 metros de diâmetro.
No "têrreo" funcionará um quiosque, com balcão na frente e com duas escadinhas no fundo, dando acesso ao sanitário público no subsolo, com duas chaminés passando ao lado da construção, garantindo a ventilação.

Importante: o cidadão que obtiver a concessão do quiosque para o comércio de miudezas, de jornais, revistas, lanchinhos, frutas, terá a obrigação de zelar pela manutenção e limpeza do mictório público instalado na parte de baixo da construção premoldada.

O concessionário poderá até cobrar - será supervisionado - pelo xixi e pelo cocô.
O concessionário que não cuidar do espaço público transformado em privada, perderá aconcessão e consequentemente o quiosque.

Essa é a única maneira de ter em Salvador algum sanitário público funcionando e limpinho!

Salvador, 8 de março de 2010

Reinhard Lackinger
p.s. Quem disse que parte da Fonte Nova caiu porque a estrutura daquele anel superior havia sido corrroido pela urina dos torcedores... igualzinho às colunas do viaduto Luiz Cabral... deve estar certo!

Nosso querido Clube Espanhol ATENÇÃO

Caros eleitores do Clube Espanhol,

é bom verificar direitinho data e hora das próximas eleições!!!

Quando me falaram que era dia 20 de março, eu já havia feito uso de alguma bebida alcoólica!

Como em outra oportunidade se marcou e desmarcou reuniões, apagando luzes, erguendo cercas eletrificadas e de arame farpado hehehehe bloqueando a entrada do clube com carros blindados hehehe, é bom ficar de olho aberto para não tomar um drible.

Nosso querido Clube Espanhol

O único lazer que tenho como taverneiro tipo "full time"... isto é, quando não estou cuidando de nossa clientela seleta - excluindo evidentemente os que querem transformar nosso espaço temático gostosinho num "buteco de esquina"... - estou fazendo compras ou pre-reparando ítens como gulasch de carne, ratatouille ou letscho húngaro...
... o único lazer que me resta é almoçar aos domingos na Taberna do Clube Espanhol.
Lá encontro amigos, parentes de Maria Alice, que é neta de espanhol, curto a comidinha gostosa e farta... desde algumas gotas de azeite com pão, tapas de jamón e chorizo e pratos com cara e cheiro da Galícia.

De repente me vejo em meio de uma nova guerra civil, antevendo uma "Guernica" quem sabe. Querem acabar com o meu almoço dominical, vendendo e implodindo o clube, para que a área seja usada para construir um hotel e moradias de novos sócios... com mais direitos que os antigos.. os galegos de Ponte Caldelas, de Águas Santas, de Caritel, de Ponte Caldelas, de Anceu, de Perducido, de Lugo, de Ponte Vedra, de Arcade, de Vigo...

A úncia verdade dessa confusão é que NENHUM DOS DIRETORES que mandam atualmetmente no Clube Espanhol sabe o que está se passando.
Digo e afirmo isso hoje, dia 7 de março de 2010.
Até os meus parentes não sabem de nada, dizem ter assinado documentos sem ler!!!
Como não se trata de ignorantes e sim de comerciantse, eu que sou um tanto ingênuo, tenho dificuldades de acreditar nisso tudo!!!
"Não houve má fé... houve apenas erros consecutivos e má gestão..' OK, então tá!!!
Mais um motivo para meter uma lente de aumento nessa má gestão e na venda de parte do patrimônio.

Dia 20 haverá eleições.. e você, que é sócio, terá que agir segundo a sua consciência.

Eu, que sou apenas "sócio atleta", responsável por uns pratos de comida e alguns copos, mais café com brandy Fundador, não tenho direito a voto!

Você que é sócio, amigo de sócio, parente de sócio, saberá o que fazer!

abraços

Reinhard Lackinger

domingo, 7 de março de 2010

Estética em Salvador

Afirmei outro dia que Não-cultura é a troca da estrética por extrato bancário!

De que raio de estética estou falando?
99% das pessoas ( 100% das quais não lêem minhas mensagens, não visitam o meu blog http://reinhardlackinger.blogspot.com/ ) devem achar que estética é apenas coisa de esteticista, de academia de ginástica e se resume em bundas,braços e pernas bem torneadas, rapazes malhados tipo BBB10, peitos cheios de silicone e cabelos loiros tipo aguaceiro, alisados com chapinha comprada nas Lojas Americanas.

Estética vem do grego... e até eu entrei na Wikipédia para refrescar o que estava um tanto perdido na minha cachola.

Passeando por Salvador com os olhos dos antigos pensadors, tendo em vista a estética, percebe-se que muita coisa bonita há em Salvador.
Eu chegaria até a comparar o nosso Campo Grande com a Place Stanislas de Nancy, apensar da provavel desaprovação de meus amigos franceses.
Não me canso de mostrar a amigos visitantes lugares como a Barra, a vista da Av. Contorno, o Centro Histórico, o Dique, o mercado do CEASA no Rio Vermelho,onde faço compras, a nova
Av. Manoel Dias, a Av. Tancredo Neves, só para pegar o Acesso Norte em direção à Brasilgás, subir até Campinas, avançar até Marechal Rondon, onde conheço uma quebradinha legal para me vingar dos que não elogiam nada... nem o babuzal do Aeroporto 2 de Julho, muito menos Abaeté ou a vista do Farol da Barra depois da curva do Cristo... Aquela quebradinha, que leva até a ladeira do Alto do Cabrito, logo revela uma vista linda de Itapagipe.. e quem conhece Plataforma, há sítios por lá, que lembram a vista que se tem do castelo de Grimaud.

Na verdade, podemos nos ressentir de uma urbanização um tanto precária e de falta de argamassa e tinta para rebocar e pintar os casebres das invasões.

O que temos de sobra é vida brotando de ruas, praças, vielas e becos. Gente colorida inundando as praias, os shopping centers, os estádios... mercadoria rara na Europa, principalmente na Áustria, onde tarde da noite... assim por volta das 18:30 horas já não há um pé de gente nas ruas!

Salvador é a cidade mais linda do mundo... pelo menos para quem consegue se fingir de cego e não enxergar a usura tosca de certos barões da construção civil e políticos pelegos.
Avareza torpe em forma de cenários do horror e destruição do meio ambiente... sem falar do abandono da periferia, do bairro do Comércio e as constantes agressões sofridas pela Barra.

A estética sob a ótica da culinária pode ser representada aravés de um prato na nouvelle cuisine cheio de enfeites. Como taverneiro e gourmand prefiro o prato cheio!

Gostaria de saber da opinião dos antigos pensadores sobre o carnaval que se pratica em Salvador na atualidade... com toda sujeira e fedentina e trios elétricos pesando umas 50 toneladas, emitindo um som pesado, que faz as trombetas de Jericó parecerem um pum de uma cotovia!

O que Platão diria se visse essas sacerdotizas, esses sacerdotes do Neo-Panteismo em cima de um rio elétrico... e os cordeiros lembrando escravos egípcios?
Estou certo de que Dante Alighieri revisaria imediatamente a Divina Comédia.

E você? O que é estética para você, o que é "não-cultura", tomando Salavador como exemplo?

abraços gastro-etílicos do taverneiro

Reinhard Lackinger

sábado, 6 de março de 2010

Bronca do Espicha-Verão

A minha bronca com o Espicha-Verão nada tem a ver com a programação, com eventuais valores artísticos.

O que é inaceitável é que o poder público coloque eventos num espaço como o Porto da Barra, sem as mínimas condições!!!

Basta dar uma olhada e a gente se depara com a visão do inferno... e o olfato também!

Você não anda sem tropeçar num dos "trocentos" ambulante com respectiva caixa de isopor, com conteúdo desconhecido!
Todo mundo sabe onde atuam os mijões ( na enrada da Rua Cézar Zama ) e nenhum camarada fardado inervém, admoestando ou multando!

O som dos shows é amplificado em excesso. Onde se espera música agradável, há apenas estrondos horríveis.
Aguardem as nossas medições!!!
Falando com moradoras e moradores, sábado passado ninguém dormiu num raio de uns trezentos a quatrocentos metros... até terminar o programa... isto é, lá prara as duas horas da manhã!

Será que o próprio poder público desconhece a lei que estabelece limites par a emissão de sons?
Será que essa gente ( gente coisa nenhuma! ) não sabe que está cometendo um crime?
Pois é, poluição sonora é crime!

Diante de tanta baderna, bagunça, trânsito caótico, sujeira, fedor de mijo, o Bistrô PortoSol fica fechado mais um sábado.
Motivo: a nossa proposta gastronômica não combina com o inferno que rola cada dia/noite de
Espicha-Verão!

Nós, os taverneiros do Bistrô PortoSol somos forçados a tirar um dia extra de folga, rezando para Papai do Céu por juízo na cabeçinha oca do pessoal da Bahiatursa, Emtursa, sei lá..., e/ou acendendo uma vela para o capeta, para levar essa gente sem noção pro inferno o quanto antes!

Reinhard lackinger
contrariadérrimo com tanto descaso por parte do poder público

quarta-feira, 3 de março de 2010

Repolho Roxo II

Pratos que até então eram oferecidos com chucrute, apartir desta quarta feira, dia 3/3/10
poderão ser servidos também com Repolho Roxo refogado à moda austríaca.

Repolho Roxo acompanha bem carne suína e salsichas com batatas cozidas ou patatas aceboladas.

Uma porção Repolho Roxo pode até ser servida fria como salada. Opção de quem é vegano
e come pouco.

Importante: pode se dirigir depois de comer Repolho Roxo no Bistrô PortoSol.
O vinho tinto usado no cozimento não é detectado pelo bafómetro... ;-)))

terça-feira, 2 de março de 2010

Repolho Roxo

O taverneiro do Bistrô PortoSol está testando diversas receitas de Repolho Roxo,
pretendendo servir essa iguaria à moda austríaca tanto como salada, como também
como acompanhamento de lombo suíno e de carne suína defumada.

O sabor do Repolho Roxo é refrescante e combina superbem com o nosso clima...
Está quente pra xuxu, ou seja, quente "pra repolho" este ano!

Talvez ainda esta semana, você pode optar entre chucrute e repolho roxo.
Detalhe: Repolho Roxo é total-vegano!!

Aguarde notícias aqui e/ou no Twitter.
Ambos os endereços estão so site www.reg.combr.net/bistro.htm

segunda-feira, 1 de março de 2010

Olímpia 2010

Terminaram os Jogos Olímpicos de inverno de Vancouver.

Saudosista incorrigível como eu, vendo gente descendo picado morro abaixo, deixo aqui o meu comentário:

Antigamente e quando comecei a acompanhar esportes alpinos, bastava que os atletas tivessem talento e coragem para encarar a neve caida por cima das montanhas naturais e o gelo formado nas entranhas de fendas dos morros.

Hoje, os percursos nada mais tem de natural, parecendo pistas para carros de fórmula 1 a espera de esquis e trenós descendo ladeira abaixo em busca do melhor tempo.

Quanto mais lisinhas as pistas, mais fácil a descida, favorecendo os medíocres, compensando talento e coragem com tecnologia milionária mais ou menos legal, sem falar de métodos vindos de laboratórios, passando longe das montanhas nevadas.

Não me agrada essa robotização "frankensteiniana" dos atletas, do ser humano!!!Onde já se viu, tecnologia comprada com dinheiro, sabe-se lá vindo de onde, compensando talento e coragem? Esses esforços pouco olímpicos, me parecem uma desculpa esfarrapada !

Quem não consegue achar o caminho para uma humanização natural, procura a robotização artificial, criando fantoches fantasiados de atletas, transformando nós espectadores em "videotas" impotentes.

Para resgatar o lado humano da gente só posso sugerir um caminho: aquele que leva até o Bistrô PortoSol www.reg.combr.net/bistro.htm , onde se pratica uma gastronomia retrô, com petiscos e pratos preparados como antigamente, servidos em meio a uma decoração lembrando os anos 50 do século passado, com trilha sonora da mesma época.

Venha ser gente no Bistrô PortoSol nesta olimpíada... sabendo que olimpíada é o intervalo de 4 anos entre uma festa de jogos olímpicos e outra.