sábado, 8 de outubro de 2011

Médico ou Monstrengo. A raíz do custo Bahia!

- Eu me recuso a chamar baiano de folgado ou mal educado -, disse Prof. Dr. Shmuel Gefiltfish y Mazzes, que voltou ontem ao Bistrô PortoSol. - Parte significativa do povo baiano não É mal educado nem folgado!, repetiu ele enfaticamente. - Preste atenção no que estou dizendo! Essa gente ESTÁ folgada, ESTÁ mal educada e ESTÁ espaçosa! Pense num resfriado, que pode ser curado... Ou melhor, pense em Mr Hyde no drama "Médico e Monstro". Basta o malvado Mr.Hyde tomar aquela beberragem, aquele antídoto, para voltar a ser o respeitável Dr. Jekyll.-

Primeiro andei procurando pelos ingredientes baianos daquela droga, capaz de fazer com que um médico decente se transformasse num monstro, ou seja, transformar um cidadão baiano consciente e "porreta" num "sacaneta" folgado e mal educado -, disse Gefiltfish y Mazzes. -

Ainda estou no início de minhas pesquisas, porém tive uma revelação surpreendente! Em vez de achar a resposta nos "pretos pobres da periferia", isolei o provável princípio ativo daquela droga infernal em calças de veludo usadas há 400anos.
Analisando vestígios de cocô daquelas marcas inconfundíveis tipo "rastro de freio de pneu" numa dúzia dessas calças de veludo, colhi traços indeléveis de soberba, empáfia e arrogância.
Agora preste atenção! Se uma pessoa boa, mas simplória e de miolo mole, achar bonita e glamourosa a postura arrogante de quem usava calça de veludo, vai tentar imitar essa empáfia, essa soberba, esse olhar de desdém... Teremos então uma caricatura da sinhazinha, do sinhozinho e a resposta para o comportamento desastroso que costumamos ver nas ruas e também nos salões.
Até um pobretão, com a bunda de fora, anda imitando os trejeitos desdenhosos de um dono de engenho e escravocrata anacrônico, adorando transgredir e sujar o ambiente, como se todas as pessoas ao redor fossem escravos dele, encarregaos de limpar todas as travessuras, para não falar em cagadas. Um quadro ridículo, mas extremamente enervante e desgastante. É o nosso "Custo Bahia"!-.

- E o antídoto? -, perguntei.-

- Não sei! Talvez baste por um espelho na cara desses monstrinhos intermitentes! -, disse Prof. Dr. Gefiltfish y Mazzes, pegou o cardápio e começou a folhear.

ProstReinhard Lackinger
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