sábado, 15 de junho de 2013

Repare nessas duas fotos da praça central de Kapfenberg, minha terra natal.
Lá, os sem noção fizeram o que agora se pretende repetir na orla da Barra!

Mataram o comércio na praça e nas ruas adjacentes!
Afugentaram os compradores, frequentadores de bons restaurantes e os antigos moradores. 

O comércio migrou para shopping center e os antigos habitantes para a periferia.

Isso só não vai acontecer aqui e na Barra porque os ambulantes e vagabundos vão tomar conta desse espaço mais lindo do mundo.

Pronto, desabafei!
p.s Você não vê um pé de gente e as vitrines, outrora alegres, agora são olhos mortos, opacos e vazios.



quinta-feira, 13 de junho de 2013

O coringão do padrasto

Existem povos que têm no governo um "Pai Estado"!
O predicado, a qualidade e a característica "Pai Estado" merecem governos - federal, estadual ou municipal - pelo cuidado ostensivo que têm para com o povo!
Nem todos os povos têm a sorte de ter um "Pai Estado"!
Têm cidadãos que em vez de um "Pai Estado" têm um "Padrasto"!
O problema e agravante é que esses padrastos costumam ter um poderoso "coringão" e uma vantagem especial nas mangas, que os deixa invulneráveis e ainda mais forte!

Um "padrasto" desses pode fazer a merda que for, nenhuma crítica o atinge!
O cidadão governado por um "padrasto" desses pode se esgoelar de tanto criticar, pode espernear, apontando para as inúmeras merdas que o "padrasto" anda fazendo, que ninguém vai dar bolas para ele!
Quanto mais merdas esse "Padrasto" fizer, melhor para ele, pior para os críticos!

O "coringão" desse "Padrasto" está justamente no imenso monte de merda que ele faz!
Os que criticam essas merdas se tornam repetitivos e chatos, colhendo a antipatia da sociedade!
De tanta merda que esse "padrasto" tem feito, o povo já não sente o fedor...
Vivas para esse "padrasto"!

Fedor Fedorovitch Ofatowskij
cidadão do Bisúrdistão
1947 - 2013!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sobre as leis e o amor

Como Deus dá o frio conforme o cobertor, ele também dá as leis e o amor de acordo com a necessidade de cada povo!

Existem as leis da física para quem estudou física. Quem faltou àquelas aulas não sentirá falta! O máximo que lhe pode acontecer é ser fulminado por um raio na praia, durante uma pelada, ou trepado num trio elétrico em dias de tempestade.
Leis naturais podem ser observadas e estudadas à exaustão, mas, segundo o teólogo austríaco Helmut Griess, não são capazes de convencer um físico agnóstico da existência de Deus, muito menos fazer com que nós leigos compreendamos a misericórdia divina!
O amor de Deus não pode ser medido por nenhum aparelho, por mais sofisticado esse seja. Nem hoje, nem amanhã, ou quando o homem chegar a construir um shopping center em Marte.

Existem as leis de Deus, com que os humanos há milênios tentam organizar suas respectivas sociedades.
O povo eleito, livrando-se do jugo do Faraó, em vez de curtir a liberdade, logo logo sentiu saudades da canga e do cabresto e aceitou o peso das tábuas da lei, que na verdade não eram de madeira e sim de pedra, já que naquele deserto não havia nenhuma árvore e sim apenas um arbusto que acabou pegando fogo.
Como o povo eleito tem fama de ser muito inteligente, tratou logo de domesticar as leis contidas naquela tábua, também chamadas de mandamentos.
Nenhum outro povo da face da terra é capaz de seguir melhor as leis com todos os "efes" e "erres", pontos e vírgulas. Esse mesmo povo encheu as estantes com livros escritos por ele próprio, falando das leis e de como interpretá-las. É por isso é conhecido como o povo dos livros!
Poderíamos escrever ainda muito mais livros falando da sagacidade desse povo no trato com as tais leis vindas daquele monte no meio do deserto e à caminho da terra prometida.
No momento só quero citar um exemplo de como esse povo eleito obedece às leis:
Momentos antes do dia de descanso semanal, ou seja, minutos antes do shabbes, quando ao seguidor fiel das leis divinas - ocupado com orações - não é permitido trabalhar  ( repare você que acender a luz é considerado trabalho maquela estranha religião ) ele vai à cozinha, abre a porta da geladeira e afrouxa a lâmpada... para ela não acender enquanto não for enroscada e apertada de novo. Dessa forma, o seguidor fiel das leis divinas pode pegar uma cerveja gelada ou outra durante o dia sagrado, sem cometer nenhum pecado!
O amor universal daquele povo atende pelo nome de "Tradição"!
Um dia surgiu em meio a esse povo um jovem e ousou desdenhar da atitude dos religiosos diante das lei de Deus, dizendo que no duro só valia um mandamento, ou seja, "amar o próximo como a si mesmo"! Cobriram o cara no pau e o crucificaram... literalmente!

Já do outro lado do rio e demais fronteiras secas ou molhadas, bem definidas por meio de barreiras de concreto, cercas de arame farpado, muralhas e guarda costeira..  do lado de lá, o povo só tem um livro, que não é nem grosso nem nada e sim fininho. Esse livrinho contém pouco mais de uma centena de parágrafos chamadas de suras, textos ditados por Deus, que por lá se chama Alá e rabiscado em lumbrigas um tanto ilegíveis por Maomé, que a paz de Alá esteja sobre ele. Cabe dizer aqui e agora que toda vez que alguém cita o nome de Maomé, que a paz de Alá esteja sobre ele, é preciso emendar dizendo "que a paz de Alá esteja sobre ele. Já no mundo ocidental e entre kafirs, ou seja entre os infiéis, essas recomendações são um pouquinho diferentes como por exemplo: "Fulano, o diabo que o carregue..."
Voltando àquele livrinho, ele contém orientações de como o fiel deve se comportar, quantas mulheres pode desposar e maltratar à vontade e quantas bombas pode carregar embaixo do kaftan dele, para suicidar a si mais centenas de sunitas ou shiitas. Aquele livrinho, que também é conhecido por Alcorão, originou a Sharia, as leis que os fieis seguidores de Maomé, que a paz de alá esteja sobre ele, devem seguir.
O amor universal daquele povo é do tamanho da mesa onde fazem apenas uma refeição por dia, começando pela manhã e acabando momentos antes de dormir. Exceto durante o ramadã, quando jejuam durante o dia e enquanto houver luz do sol e se empanturram de comida tão logo o sol tiver se posto atrás das muralhas dos souks para lá de Marrakech.

Nas terras ocidentais, as leis têm cara de sargento, de auditor fiscal incorrompível, de carrasco! O povo parece estar usando permanentemente fraldas geriátricas com medo de cometer algum deslize e ser chamado atenção por um guarda ou transeunte qualquer.
Essas leis, normas de procedimento e demais papéis, papéis e mais burocracia, fazem com que haja muita urbanização para pouca gente; muito transporte urbano para poucos passageiros, muitas moradias para poucos habitantes. A organização é perfeita, graças à obediência às leis! Ou quase! Existe uma certa falta de assunto! Não acontece nada! Às vezes surge a notícia de terem achado um cadáver morto há vários anos, sem que ninguém tenha dado por falta do sujeito. Nem parente, amigo ou vizinho... Esse defunto, com cara da mãe de Norman Bates, só foi achado porque as pessoas já não conseguiam passar pela porta dele.. . Por causa do cheirinho? Que nada! O povo percebeu que havia algo de errado por causa da correspondência - exclusivamente propaganda - acumulada na porta do morto. A caixa de correios transbordou e a papelada acumulou´se no passeio, no corredor... até que alguém, impedido de passar, chamou a polícia, a prefeitura.
O amor universal desse povo costuma ser ele próprio, ou no máximo um gatinho, um periquito ou um peixinho dourado... além de um pacote de cerveja e um "salsichón"!

Tudo isso é difícil de entender pela gente em nossa terra tropical. Embora não haja nenhuma outra nação com mais dispositivos legais neste planeta de Deus, as leis por aqui não são feitas para serem obedecidas e sim para serem ignoradas, transgredidas e desrespeitadas!
O caos, o mangue, a desordem - tanto por parte do povo quanto por parte do governo - , obrigam a gente a interagir permanentemente com o próximo, de ter que negociar cada milímetro de espaço com gente espaçosa! Esse intenso corpo a corpo com o próximo faz com que nos aproximemos do próximo ao ponto de começar a amá-lo loucamente!!!
Em nenhum outro país do mundo as pessoas amam tanto o próximo e são cristãos tão perfeitos como aqui em Salvador, Bahia, Brasil!

Amen

Reinhard Lackinger

terça-feira, 4 de junho de 2013

Shared Space Baiano


A gente adora copiar as coisas dos outros!
Foi assim com a tal "caxirola" e agora, lendo na revista "Nosso Bairro", fiquei sabendo que o senhor prefeito vai criar no Comércio e na Barra o tal 'SHARED SPACE", ou seja, o espaço compartilhado.

Ora, nosso espaço urbano já está sendo compartilhado desde sempre! 
Só depende da canetada do senhor prefeito para ser oficializado!

O "SHARED SPACE" foi criado na Europa quando o cidadão se viu perdido numa selva de sinais de trânsito!
Compartilhar o espaço urbano significa que todo tipo de veículo e até o pedestre pode usar o mesmo espaço onde e quando quer... contanto que siga as leis de trânsito e respeite o mais fraco!

É justamente onde o porco torce o rabo!
Tanto o nosso condutor de veículo automotor quanto o cidadão a pé estão nem aí para o próximo, muito menos para faixas de pedestre... só para dar um exemplo.

A convivência na rua, que já é ruim, vai ficar pior!
Não é preciso ter uma bola de cristal para prever a ação dos ambulantes, que espalharão caixas de isopor por todo lado, transformando o tal "SHARED SPACE BAIANO" num mercado persa e num inferno na terra!








sobre educação

Volta e meia alguma pessoa bem intencionada redescobre a pólvora, citando a EDUCAÇÃO como único remédio cotra todos os males que afligem o Brasil
O Brasil dos sábios, de gente boa, dos "sem-noção", dos inocentes úteis, dos idiotas e cretinos. Ou seja, temos uma sociedade "multiculti" e talvez a mais heterogênea do planeta... graças a Deus!

Arrisco afirmar que a palavra EDUCAÇÃO chega a ser mais mal interpretada e usada equivocadamente do que o termo AMOR !

Grande parte dessa gente bem intencionada é alfabetizada, tem alguma instrução formal completa e até graduação acadêmica.
Não é difícil imaginar que a EDUCAÇÃO para essas pessoas signifique ter um currículo igual ou parecido com o delas.
É essa meia dúzia de pessoas que tem visibilidade na mídia, ou pelo menos no facebook!
A grande maioria dos Brasileiros vive num limbo, longe das câmeras de TV e do facebook... ou pelo menos do facebook de "nossos amigos", de nossa panelinha!

Além de redescobrir a pólvora, corremos o risco de reinventar a roda, ou melhor, a CASA GRANDE!
Uma CASA GRANDE  de amigos do facebook. Mini-sociedades razoavelmente herméticas e homogêneas.
Uma sociedade que lembra a visão e Aldous Huxley em "Admirável Mundo Novo", combinando com os templos de consumo, as praças de alimentação e demais ambientes fechados que o facebookiano culto costuma frequentar.

A palavra EDUCAÇÃO exige qua a usemos com cuidado e critério!
Não como fez Cristóvão Buarque, que um dia pousou diante de uma bandeira nacional com a inscrição EDUCAÇÃO  E  PROGRESSO em vez de Ordem e Progresso. Ora, pode haver EDUCAÇÃO SEM ORDEM?

Suponho que todos os facebookianos que tiveram a sorte de ter tido uma educação formal boa e algum colégio particular caro, de ter frequentado alguma faculdade e talvez até algum estabelecimento de ensino no exterior, já tenham ouvido falar em "demanda reprimida"!

Nosso Brasil abriga dezenas de milhões de Brasileiros com uma enorme DEMANDA REPRIMIDA!
Gente, para a qual não há sala de aulas digna, sem giz, sem merenda escolar, sem transporte escolar, sem professor!
Gente, para a qual não há posto de saúde ou hospital digno, sem leito, sem medicamento, sem alimento, sem médico!
Da mesma forma há dezenas de milhões de Brasileiros que nunca viram a cor do dinheiro... de um dinheirinho pouco, pouquíssmo, que vem pingando no orçamento familiar em forma de Bolsa Família.

Se a nossa gente bem nunca ouviu falar em DEMANDA REPRIMIDA, talvez conheça o ditado: "quem nunca comeu melado, quando como, se lambuza"!
Foi o que aconteceu com a pobre "sem-noção" achando a merreca do Bolsa Família insuficiente para comprar a calça de R$ 300,00 para a filha adolescente.
Ora, eu mesmo conheço de perto gente que se lambuza comprando roupa e perfume de grife, mesmo ganhando apenas salário mínimo, gorjeta e fazendo unhas nas horas vagas, morando de favor na casa da mãe, comendo "badofe", em vez de comprar alimentos saudáveis, um milheiro de blocos e um saco de cimento, para bater uma laje... DEMANDA REPRIMIDA é isso!
Nossa gente precisa ser educada para saber usar dinheiro!
Quando eu fiz curso técnico na Áustria no início dos anos de 1960, além de instrução profissional, recebemos mensalmente uma bolsa de estudos. Era pouco! Uma mesada de nada, mas ela fez com que nós tornássemos não apenas técnicos competentes, como também consumidores conscientes!

Não dá para consertar o Brasil como se repara um automóvel, desligando o motor e abrindo o capô. O Brasil precisa ser consertado com o motor ligado, com o coração batendo, com o sangue correndo nas veias e artérias!

Talvez seja bom dar um descanso à palavra EDUCAÇÃO, substituindo-a na hora certa por respeito, consideração, cortesia, gentileza...
Muitas vezes, em vez da gente se queixar de falta de EDUCAÇÃO, a gente sente é falta de respeito, de consideração, de cortesia...
Coisas, que não se aprende só em escolas e sim, vêm de berço!
Coisas, que não dependem apenas dos professores mal pagos e sim dos pais, da sociedade...
Coisas, que nos faltam por absoluta ausência do poder público, com os governos negligenciando o nosso espaço urbano, nosso país!

Teremos EDUCAÇÃO na medida em que gente bem e erudita souber conviver pacificamente com gente pobre e um tanto desassistida,
como caminhões, ônibus, caçambas e Pic-Ups cabine dupla convivem com motoqueiros, ciclistas e pedestres! Agora mesmo nesse trânsito maluco de Salvador!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Number TWO

Perambulando sem rumo pelas ruelas de Tanger, Marrocos, nos batemos com um guia turístico aos berros, "number two, number two", chamando e procurando algum viajante desgarrado do grupo. 
Adivinha qual apelido que demos a todas as manadas de visitantes que avistamos ao longo daquela viagem à Europa e norte da África... 
Você acertou! "Number two"! 

Penso nisso ao chamar a sua atenção para a forma caseira da culinária do Bistrô PortoSol, onde petiscos e pratos são preparados sob medida e de acordo com o desejo do cliente-amigo, ou amigo-cliente..." a gente não se decidimos ainda", como diria Paulão da Regulagem! 

Pois bem, uma aventura gastronômica no Bistrô PortoSol, com você determinando como quer que preparemos a sua comida, lembra a liberdade de nossas viagens de férias, de trem, de ferry boat, de carro alugado, . 
É claro que é puro preconceito meu comparar fritadeiras e fornos micro-ondas com aqueles ônibus de excursão cheios de "number two". 
Mas, diga-me, onde já se viu o prazer de viajar ter número? 
Aliás, para muitas viagens de excursão e comidas pre-prontas, o apelido "number two" cai como uma luva!