Sugeri uma forma diferente de reagir diante dos problemas que nos afligem, por não sentir muita firmeza nas inúmeras manifestações que entulham o meu cérebro e o meu coração.
Eu já não acredito mais em passeatas, em abraços simbólicos, em revoadas de pombinhos soltos por gente vestida de branco nem de preto, nem em cruzes cravadas nas areias de Copacabana. Não acredito em mega-eventos, enquanto a gente se engasga com trocentos pequeninos detalhes de desordem pública diante do nosso nariz.
Detalhes, que chegam a inviabilizar por exemplo a construção de hotéis de luxo no bairro mais charmoso de Salvador e ao longo do famigerado circuito carnavalesco Barra-Ondina, onde tudo conspira a favor de camarotes e da muvuca rasteira e ordinária, e do turismo pé de chinelo!
Acredito sim na célula de cada um! Minha célula é composta por familiares, amigos e vizinhos, colaboradores e destinatários de minhas "malas diretas sem alça"!
Sugeri apontar os erros de quem se acha no direito de transgredir a lei, de bagunçar e subverter a ordem pública... nos passeios, nas ruas, nas praças, nas praias, nas filas de supermercado, no estacionamento, no shopping center e onde tiver pessoas sofrendo agressões por quem quer levar vantagens espúrias na marra.
Vários internautas me disseram que isso é utópico e que não dá para apontar um erro de um infrator, nem que seja com voz de anjo, em tom amistoso e com toda vaselina.
Infrator é gente ruim e a possibilidade de um individuo indignado e reclamão levar um tiro é enorme!
E se a gente conseguir transformar um gesto individual numa ação coletiva? Uma arma de fogo tem apenas seis a oito balas... hehehe
Diante dos olhos de minha imaginação há centenas de indignados com a ousadia de um bagunceiro, enquadrando-o numa boa! Outros, se fingindo até então de morto, vêm correndo, engrossando as fileiras... assim espontâneamente... e de repente a gente está com moral de peitar aqueles que se julgam donos do Brasil!
Reinhard Lackinger
P.s. Amanhã vou comprar cartolinas vermelha e verde para recortar cartões em forma de careta. Cara vemelha com os cantos da boca curvada para baixo, para mostrar para quem quiser ver, o que eu acho de determinada transgressão. Cara verde risonha para quem recolhe o cocô do carchorrinho e o leva embora... o cachorrinho e o cocô!
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