Todo início da noite, de terça feira a sábado, enquanto Josélia arruma a sala, fico sentado numa das cadeiras embaixo do toldo do lado de fora do Bistrô PortoSol, olhando o movimento dos trabalhadoes da praia recolhendo cadeiras de lona, caixas de isopor e outras tralhas necessárias na lida diária.
Embora tenha deixado de contar as vezes de passantes jogarem lixo no chão, ou preferencialmente numa das bocas de lobo - onde ao meu ver deveria ter uma cestinha de lixo por perto - fico ainda aborrecido com esse desleixo.
De repente aparece uma figura humana, que aparentemente pouco se importa com a moda, jogando o copo, no qual mamava até agora... jogando o copo vazio no chão, bem na minha frente.
Eu não disse nada, porém senti o gesto como uma agressão pessoal!
Vejamos... essa rua teoricamente é tão da pessoa que a sujou quanto minha. Na prática e na minha cabeça não é!!
Embora tenha deixado de contar as vezes de passantes jogarem lixo no chão, ou preferencialmente numa das bocas de lobo - onde ao meu ver deveria ter uma cestinha de lixo por perto - fico ainda aborrecido com esse desleixo.
De repente aparece uma figura humana, que aparentemente pouco se importa com a moda, jogando o copo, no qual mamava até agora... jogando o copo vazio no chão, bem na minha frente.
Eu não disse nada, porém senti o gesto como uma agressão pessoal!
Vejamos... essa rua teoricamente é tão da pessoa que a sujou quanto minha. Na prática e na minha cabeça não é!!
Sinto a agressão do lixo jogado displicentemente na minha rua, na rua, onde pago IPTU de bairro nobre, como se essa figura humana - que deve morar numa daquelas ruelas mostradas nas reportagens do Bocão, do coisa do Oziel e no "na mira" - ... como se essa figura humana e embaixatriz do inferno quisesse me castigar pela minha indiferença, pela parte da culpa que me cabe por ela, a infratora dos bons costumes, morar - quem sabe - numa favela, onde o poder público ainda é mais ausente do que no Porto da Barra.
Ora, posso até compreender a impotência surda que uma pessoa dessas sente, querendo se vingar de um "barão" pela miséria em que se encontra, mas não é assim que se resolve o problema da urbanização de Salvador.
O problema da urbanização de Salvador e também da violência se resolve com a repressão das menores e mais simples infrações, dos menores problemas de desordem pública... por mais "miliquesco" e estúpido isso possa soar!
A gente só vai poder valorizar a nossa cidade, quando a gente se incomodar e se importar com os detalhes aparentemente mais insignificantes, com as pequenas agressões como a que acabo de relatar.
Gente.. a violência não começa apenas quando um meliante saca um revolver, dispara uma arma, agride mortalmente outras pessoas!
Ações como poluição sonora, lixo jogado, mijadinha no poste, roubadinha no trânsito etc. são embriões da violência.
Se a gente conseguir coibir esses pequenos pecados, eliminando essas infrações miúdas de nosso quotidiano - com multa! - a gente passará a viver numa cidade mais justa e mais produtiva, com um "Custo Salvador" bem menor, possibilitando prosperidade para todos... não só para aquela meia dúzia de espertalhões que ganha dinheiro com a muvuca, trazendo farofeiros do inferno para zoar embairro nobre.
Pior... nenhum gestor público pensa em enquadrar desordeiros. Ele vê neles eleitores em potencial, precisa do voto deles!
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