quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nosso ensino de português




















Acompanhei o estardalhaço que a Rede Globo fez em torno do novo livro de português, admitindo que alguém fale errado, a depender das circunstâncias.

Devo adiantar para a compreensão do que quero dizer com essas mal traçadas linhas, que eu próprio já nasci bilingue. Com os pais, com irmão, vizinhos e amigos, eu falava o alemão regional, enquanto o rádio insistia em mandar as mensagens em alto alemão. Nas escolas, na igreja, no trato com repartições públicas, na ópera e na maioria das peças de teatro, o papo era em alto-alemão. Fora disso, a gente lascava um linguajar regional parecido com que se fala na Baviera. Coisa que nenhum alemão do norte da Alemanha entende!

A crítica, que a Globo anda fazendo, me lembra o dedo em riste contra um personagem de desenho animado do Maurício de Sousa: o Chico Bento! No início, os nossos eruditos eram unânimes em dizer que as crianças, que lessem essas revistinhas do Chico Bento iriam aprender a fala errada do Chico, do Zé Lelé, da Rosinha... Besteira, nada disso aconteceu!

Todos os brasileiros e até as cascas de côco espalhadas pelas nossas ruas sabem, que o português correto continua sendo ensinado e cobrado nas escolas!

Comparo essa certa tolerância com os vícios linguísticos, como forma de inclusão de milhões de brasileiros, que desde cedo não tiveram ensino formal de qualidade báh, só, uai, oxente, taí... ... tá rebocado e piripicado!

Falta dizer que macaco não gosta de olhar para o próprio rabo! Logo a Rede Globo tinha que abrir o bocão, gastando litros de saliva e para lá de um quarto de hora com as críticas daquele livro didático de português!

Todos nós sabemos que o elenco da Globo é o que mais maltrata o idioma de Camões, mais erros de português vem cometendo... nas novelas, nos talk-shows, nos telejornais!

Se eu estiver errado com mais esse meu pensamento, me perdoe. Não sou nenhum doutor em pedagogia e sim um simples taverneiro austríaco!

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