sexta-feira, 29 de março de 2013

Anatomia do tédio



Quer saber o motivo de eu preferir a vida maluca do Brasil ao suposto paraíso chamado Áustria?

Vivo nesta terra apaixonantemente doida há quase 10% da existência da capital baiana, ou seja, há mais de 40 anos... .
... e jamais senti tédio aqui em Salvador!
Por aqui nunca senti tédio nem um segundinho sequer!!!
A vida no Brasil é tudo, menos enfadonha!

Chegando na Áustria, em apenas 10 minutinhos, um tédio medonho toma conta de mim!

Maluquice minha?
Repare se as pessoas no assim chamado Primeiro Mundo não lembram um balé de bonecos de louça, um desfile de soldadinhos de chumbo!
Espontaneidade ZERO!
Tudo é absolutamente previsível! A "vida" lá fora é tão óbvia que parece sumir diante de nossa vista!
Ninguém dá um pum fora do tom!

Aliás, você não precisa ir à Áustria, à Suiça ou à Noruega para constatar o que acabo de dizer!
Basta um olhar crítico na casa grande, nos grupinhos, nas diversas tribos, condomínios fechados e centros comerciais climatizados.
Lugares frequentados por pessoas que só fazem o que o ambiente espera delas!

A bem da verdade, esse comportamento padronizado tem seu lado bom!
Possibilita ter transporte urbano de massa sobre trilhos, pontual, limpo e ordeiro; calçadas impecáveis, convidando os pedestres a passear e ter uma vida pública mais transparente!

Chegando na Áustria este ano e logo mais, só não sentirei o tédio costumeiro por uma única razão: o frio miserento que nos espera!
Ainda não sei como vou lidar com isso! O último inverno que passei por lá foi o de 1968/1969.
A previsão do tempo na Áustria para amanhã e depois indica um calor alucinante de 7 graus positivos, com as temperaturas devendo despencar para perto de zero grau já na quarta feira que vem, com previsão de nevasca e chuva.

Deseje-me sorte.. e um tempo mais ameno

abraço e até a volta

Reinhard Lackinger
p.s. O lobby dos shopping centers da Áustria funciona tão bem como aqui na Bahia! A pouca vida acontece nos novos centros comerciais na periferia das cidades, apesar da urbanização quase perfeita do lado de fora daqueles templos assépticos de consumo. O que se vê nos centros antigos é muito calçadão vazio, sem um pé de gente!

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