...uma simples
convenção!
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Ontem me apareceu
um cidadão no
Bistrô PortoSol,
dizendo ser alemão,
expressando-se
com alguma dificuldade.
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Os avôs paternos dele migraram da Turquia para a Alemanha nos anos 60.
O pai dele e a mãe - também filha de turcos - nasceram na Alemanha.
Há uns dois ou três milhões de descendentes de turcos e filhos de migrantes de outros países islâmicos vivendo na Alemanha, sem dominar o idioma alemão.
Esse é um dos problemas de integração na Europa de hoje.
Pior, outro dia, o primeiro ministro da Turquia, visitando a Alemanha e falando para patrícios e respectivos filhos e netos, sugerindo e até exortando-os em não abandonar a fé islâmica, nem assumir o jeito alemão de ser. Alá os livre de se tornarem infiéis...
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Penso que qualquer migrante tem obrigação moral de aprender o idioma do país no qual decide viver!
Mesmo cometendo erros de ortografia, como as pedradas que eu dou dia sim, outro também.
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Para quem não quiser aprender o português, nem se integrar, o saguão de embarque do Aeroporto 2 de Julho é a serventia da Bahia.
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Digo isso tudo depois de ler num jornal online de minha terra natal que o mundo espera um crescimento econômico imenso da China.
Até que ponto estou equivocado em pensar que o regime comunista chinês teve o seu lado bom e tratou de alfabetizar até os mais pobres daquele bilhão e meio de habitantes, tornando-os produtivos e consumidores?
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Será que o nosso ensino brasileiro está à altura das necessidades do futuro próximo?
À luz das vagas de emprego não preenchidas hoje mesmo, percebe-se que estamos no buraco desde já.
A grande vantagem que temos é que praticamente todos os imigrantes no Brasil procuram integrar-se, tentando aprender o português... de preferência numa escola.
O problema é que muita gente aprende o idioma assistindo a televisão.
Resultado:
uma epidemia de "menas", de "aonde" usado no lugar de "onde", sem falar do "houveram" que certa apresentadora de televisão usou outro dia, estourando o meu tímpano e estraçalhando minhas víceras.
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Penso que não se deva censurar a mídia. Bastava que os meios de comunicação fossem avaliados periodicamente pelo MEC, recebendo notas.
Até um minuto de direito de resposta também seria uma boa idéia, com um professor ou uma professora de português aparecendo em horário nobre, chamando a atenção para os erros mais comuns cometidos por um(a) ou outro(a) apesentador(a), mais 97% do elenco da TV Globo.
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Aprender o português foi o primeiro passo para eu me integrar nesta sociedade e para me sentir brasileiro...
Um brasileiro de origem austríaca, como a prima Poldi e o primo Pedro II.
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p.s. A palavra "tauba", muito usada por gente simples, no lugar de "tábua", deixo passar com alegria!
Mesmo não entendendo nada de etimologia, ouso achar que "tauba" tem a mesma raíz etimológica da palavra alemã "Daube"(1), caindo em desuso com a introdução dos barris de chope de metal.
"Daube" era chamada a tábua côncava usada para a confecção de barris(1), seguras por dois ou mais aros de ferro e tampos nas extremidades. Uma das "Dauben" tinha um buraco bem no meio, fechado com um batoque, que ao abrir o barril tinha que ser substituido pela torneira num só golpe. O vacilão fatalmente tomava um banho de cerveja.
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(1) vide ilustração acima, que mostra parte de um barril feito ainda com "Dauben" = tábuas de madeira.
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Prost
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Reinhard Lackinger
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