Já havia reparado fortes indícios de um novo canibalismo ao presenciar numa roda de amigos e parentes a conversa envolvendo restaurantes de Salvador.Em vez de elogiar ou criticar os sabores e a apresentação dos pratos e os serviços, falou-se exclusivamentesobre a quantidade de gente que cabia nesse ou naquele recinto, quantos garços, maîtres, cummis, além de chefe de fila, cozinheiros e demais auxiliares que havia à disposição do gerente da casa.
A comida em si não parecia ter importância alguma e sim a quantidade de gente. Uns servindo, outros comendo.
Agora, vendo na TV de raspão flashes do Festival de Verão, tenho a mesma impressão, sinto ter que constatar novos sintomas desse tal neo-canibaismo!
Mais do que a voz daquelas sacerdotizas siliconadas e sacerdotes descabelados com ou sem tranças postiças e igualmente desmiolados, berrando para uma mutidão de fiéis seguidores desse "neo-canibalismo-neo-panteismo", parecem importar principalmente os músculos das "cantoras" e dos "cantores", gente sarada comandando do alto de palcos fixos e trios elétricos uma liturgia simplória, repetindo ao longo do percurso gestos e gritinhos que lembram os nativos das ilhas vizinhas da de Robinson Crusoé...: mãos para cima, bunda para trás, ralando a "checa" no chão...
Os "pernis de porco" de Ivete, as carnes malhadas e as tetas turbinadas das demais nulidades não me deixam mentir!
e tenho dito
Reinhard Lackinger
p.s. para falar de gastronomia séria: http://www.reg.combr.net/bistro.htm
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