segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Hipocrisia ou o que?

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A Suiça rechaça e deporta malandros estrangeiros.
Isto é, mandam embora do país deles - isto é, da confederação helvética - forasteiros e migrantes, que tenham cometido algum delito... ou simplesmente estejam fazendo algum "bico", trabalhando clandestinamente como babá ou garçon,
Penso que isso é o mais puro direito deles!
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Estranho é que eles continuam aceitando em seu sacrossanto território clientes bancários, criminosos notórios de todo mundo, que queiram depositar nos bancos suiços dinheiro ilícito e comprovadamente roubado do povo nos mais diversos recantos do planeta.

Se a Suiça fosse um país coerente, honesto e sério, ao deportar malandros estrangeiros, deveriam também devolver a grana que déspotas africanos e respectivos familiares e ex-prefeitos paulistanos e respectivos familiares depositaram em bancos suiços!!!

Considero qualquer outra alternativa como sendo hipocrisia... e das brabas!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Por quem os sinos dobram


Imagine um absurdo...
na Bahia tem precedentes!





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Surpreendente a perseguição repentina do som de sinos de igreja!

Parte de minha juventude eu morava a poucos metros da linha de trem, que liga Viena a Roma. Em nenhum momento o ruído do trem passando me tirou o sono.

Será que o cérebro humano percebe certos barulhos como normais, não os registrando como algo ameaçador?

O barulho do mar, do trânsito com veículos em bom estado de conservação, do burburinho da cidade, os sinos de igreja, o gorjeio de pássaros...

Por outro lado, um carro com a descarga furada, um ônibus com freio desregulado, um maluco buzinando, ou ligando o som do veículo, um trio elétrico passando e a vuvuzela do vendedor de páo, fazem parte de um conjunto de ruídos esporádicos e não registráveis pelo cérebro como normais e sim como ameaça, fazendo o indivíduo acordar e permanecer alerta, causando estresse.

Imagino que seja fácil medir o som de um sino de igreja. Além disso, padre costuma ser gente boa e ordeira... bem ao contrário dos "muvuqueiros", poluidores sonoros contumazes.

"Por quem a vuvuzela do vendedor do pão se esguela? Ela se esguela por mim!"

Só que os nosss fiscais do meio ambiente, além de serem portadores de inteligência espécial, são surdos!!!

domingo, 21 de novembro de 2010

em defesa de fast e junk food




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Não só a pressa, a falta de tempo, que favorecem o fast food e o junk food!
É a simplicidade, a praticidade!
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Pizza não tem mistério: ou é brotinho, quatro, seis ou oito pedaços.
Qualquer deputado ( Tiririca ) consegue apontar o dedo para a foto do prato que quer comer.
A comida oriental já vem aos bocados, dispensando o complicado uso de garfo e faca.
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Além disso, o fast food é bem mais saudável do que os cientistas nos querem fazer crer.
Dizem, que foi a gordura saturada do óleo re-reaproveitado de centenas de fritadeiras de aço inoxidável, o "grude" responsável pela operação de tampar de vez o poço da plataforma da BP, que explodiu recentemente no Golfo do México,
... e mesmo somando todo sal contido nos pratos elaborados tipo fast food e junk food no shopping center mais próximo, não se chega a 58% do sódio que há no Salar de Uyuni, logo alí na Bolívia.
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Qualquer restauranteur sério e até qualquer taverneiro aplaude a existência do fast food!
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Observando esse mundão de gente, portando bandejas, o olhar atento, tentando achar um lugar para sentar naquela praça de alimentação superlotada, ninguém ousaria pronunciar a palavra "gueto".
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Além do mais, "gueto" pode ser uma coisa boa! Quem já esteve no Vaticano e naquela praça diante da Basílica de São Pedro, sabe o que quero dizer!
Pejorativo e assaz preconceituoso seria chamar uma dessas ruidosas praças de alimentação de "curral"... ou não!
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Que viva a diversidade!
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Quem prefere um lugar exclusivo, com sabores únicos, ler cardápio, trocar um dedinho de prosa e idéias com o taverneiro, dizer a ele como quer que o prato seja preparado... com ou sem sal, com páprica picante ou sem cebola, o puré de maçã com raiz forte ou não... e quem quer condimentar a própria cerveja com lúpulo...
...ao som de música antiga e em meio a uma decoração retrô, pertence a outra tribo!!!
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Prost
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Reinhard Lackinger
o seu "personal tavernator" :-)
de plantão para você no Bistrô PortoSol
de terça a sábado, a partir das 18:37horas

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Boa idéia ou arapuca?




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Vem de Guarulhos, "Sumpaulo" uma interessante notícia.
Por conviver com o incômodo de uma feira no bairro, os moradores do local poderão ter uma dedução de 50% no valor do IPTU. veja a notícia clicando no enderço abaixo: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/11/camara-de-guarulhos-corta-iptu-de-quem-mora-em-rua-de-feira.html
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Será que na capital baiana caberia uma idéia semelhante?
Seria bom alguém encaminhar um projeto à Câmara Municipal de Salvador, para concessão de 100% de IPTU para quem mora na Barra e nos bairros Campo Grande, Canela, Federação, Graça e Ondina, por conta do inferno insuportável que essa parte da cidade vira durante uns 2 meses na época do carnaval, considerando montagem e desmontagem de camarotes etc. ???
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A perda de receita com IPTU poderá ser compensada com taxação da atividade da "muvuca", chamando o pessoal dos trios e blocos para abrir a bolsa! Essas nulidades não tem mais onde enfiar tanto dinheiro... às custas da gente!!!
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Agora pense bem, se a gente pleitear uma diminuição do IPTU por causa da enxurrada de lixo, fezes e urina, poluição sonora, tráfego caótico e pandemônio geral diante da porta de nossas casas e o prejuizo financeiro de nossas lojas, causado pelo carnaval e os eventos na Barra e Ondina...
... não estaríamos cometendo o mesmo equívoco dos botequins e restaurantes na minha vizinhança no Porto da Barra, que cobram de "não clientes" uns R$ 2,00 por uma mijadinha e / ou R$ 5,00 por meio quilo de cocô??? hehe
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Imagino que aquele que paga 2 "real" para mijar não deva preocupar-se muito em deixar o sanitário limpo e em acertar no vaso, mijando todo sanitário, deixando para trás uma miséria fétida dos diabos.
O mijão deve pensar: - Já que pago para usar o sanitário, que se dane a limpeza do local!! -
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É justamente por isso temos que envidar todos os esforços para afugentar quaisquer eventos da Barra!
Ao longo de anos verificamos que não há meios de realizar eventos na Barra e Ondina, sem que haja danos incomensuráveis aos bairros e sérios prejuizos para a comunidade... tanto para moradores como para comerciantes.
Se o prefeito tivesse algum bom senso e responsabilidade, não haveria circuito Barra-Ondina, com posto de combustivel servindo de bar e sendo transformado em camarote!
São esses os argumentos para dizer não ao TAC, ao Termo de Ajustamento de Conduta discutido e negociado atualmente por pessoas pouco confiáveis.
Essa gente inconsequente, além de adorar imundice, deve ter nenhuma noção de perigo.
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Reinhard Lackinger
dono do Bistrô PortoSol, cujo sanitário limpinho e cheirosinho é exclusivo para clientes!!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pense num absurdo...




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As imagens acima mostram cestas de lixo... vazias e limpas.
O que mostra, que alguém retirou o lixo e cuidou dos recipientes.
Observe no relato a seguir o tratamento que se dá a esse
problema em Salvador.



Eu já disse reiteradas vezes, que estranhava a ausência de lixeiras em esquinas e pontos de ônibus de Salvador.

Locais, ao meu ver apropriados para a coleta de lixos que os transeuntes estão prestes a descartar e jogar fora.

Cabe ao poder público facilitar a coleta de lixo, para evitar que se suje a rua.

Solicitei um monte de vezes a colocação de pelo menos uma lixeira na esquina da Rua Barão de Sergy e a Rua Cézar Zama, Porto da Barra.

Doi em minha alma ter que assistir a cada instante, gente jogando o lixo na boca de lobo, em vez de usar uma cesta de lixo alí bem na esquina, ao lado da boca de lobo.

A explicação de um preposto da Limpeza Urbana, além de esclarecdora foi deveras deprimente!!!

.o e-mail o represenante da Limpurb me disse, que não iria colocar uma lixeira na tal esquina, porque o dono da banca de revista, que fica a uns 5 metros de distância,não deixa!!!

- Iria criar-se alí um "ponto de lixo" -, complementou a pessoa da Limpeza Pública.

Passados uns 7 dias, a Limpurb ainda não me respondeu uma pergunta bastantesimples:O QUE É UM PONTO DE LIXO?

Pela frequência que as 2 ( duas ) cestas de lixo na área estão sendo esvaziadas, posso deduzir que "ponto de lixo" é igual a cesta de lixo!

É justo que um dono de banca de revista não queira cheirar lixo podre, nem desejeisso para a sua clientela... mas é justo obrigar a comunidade inteira a viver na imundice?

Que custa o varredor que supostamente passa duas vezes - antigamente era assim -varrendo a rua, esvaziar também as lixeiras no caminho?

O problema é que as lixeiras não são esvaziadas nem limpas todos os dias!É a economia pérfida que a prefeitura faz às custas de nós pagadores de IPTU de bairro nobre.

É essa a razão de ter uma distribuição ilógica e lunática de cestas de lixo na cidade!

Numa cidade, que quer sediar jogos de copa do mundo.

Fala sério!

Reinhard Lackinger
se sentindo agredido com cada lixo jogado no chão.

p.s. As 2 ( duas ) únicas lixeiras na área ficam no meio da praça, encobertas parcialmente pela banca de revista e onde praticamente ninguém circula.

Esperar que algum cidadão se dirige até lá para jogar o lixo é maluquice ou ingenuidade.
pps. Atrás daquela banca de revista é um "ponto de urina". É onde todo mundo se alivia!

pps2 A boca de lobo do lado oposto há meses está completamente selada por uma crosta de terra e - suponho eu - óleo.
Na próxima chuva teremos um tsunami na rua!

Aldous Huxley rides again







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Em seu romance "Admirável Novo Mundo", Aldous Huxley brinca com utopias.
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Ele fala de uma sociedade perfeita, na qual não há estresses provocados por problemas menores, como a paternidade, a maternidade, ou a paixão por um time de futebol e o medo de jamais conseguir uma estrela sequer na camisa do clube do coração.
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Uma sociedade dividida em seres Alpha, Beta, Gama, Delta.. com cada um conhecendo o seu lugar e feliz... com a ajuda de hipnose e umas drogazinhas de nada.
A história de "Admirável Mundo Novo" passa num mundo plastificado, estéril, asséptico, meio sem vida e completamente controlado, que se parece muito com um Shopping Center e um Condomínio Fechado tipo Alpha-World.
Importante notar, é que o tal "Admirável Mundo Novo" não ocupa toda área do planeta.
Há lugares nesse mundo, considerados pelos líderes e magnatas imobiliários, sem condição alguma para serem desenvolvidos. Essas áreas, ao sul do Texas, ao Sul de Gibraltar e a leste de Hodmezövasahely, são considerados reservas indígenas e só servem como atrações turísticas.
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Nessas reservas, pessoas ainda têm filhos, ainda crêem em Deus, ainda têm um monte de dúvidas e até escrúpulos. Nessas reservas ainda há vida, tavernas transadinhas como o Bistrô PortoSol, com as pessoas usando todo o seu potencial... isto é, braços, pernas e coração para amar, comer gostoso, se virar para sobreviver e torcer pelo Baêêêa.
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Algum dia, visitando o Mercado Modêlo, li numa das paredes que Aldous Huxley havia estado em Salvador.
Não lembro a data. Deve ter sido depois de escrever "Admirável Mundo Novo".
Caso contrário, eu poderia pensar que Huxley teve uma premonição.
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Salvador, ano 710 AF e um dia depois de inaugurar mais um Shopping Center
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Reinhard Lackinger
taverneiro Alpha ++ ;-))

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Questão de postura




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Nossa cultura, a depender do momento, exige certa liturgia.
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Dificilmente você verá um padre católico celebrar uma missa solene, vestindo a mesma roupa com a qual ele anda na rua.
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Dizem, que é a coroa na cabeça que dá ao soberano a postura real... e você já viu algum coronel matutão sem aquele chapéu preto?
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Nós austríacos somos bons nesse cerimonial da roupa adequada para cada ocasião e para cada ambiente.
Conta-se que no chiquérrimo Hotel Sacher de Viena, nos anos 60 do século passado, o multimilionário e famosíssimo regente Herbert von Karajan foi barrado ao querer entrar num ambiente, onde a gravata era obrigatória.
Karajan, como se sabe, só andava com blazer e sueter com gola rolé.
Lá, um reles empregado barrou o figurão, enquanto por aqui até o dono do estabelecimento iria borrar-se até o pescoço... de admiração, subserviência e medo...
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Penso nisso toda vez que percebo gente seminua, sem camisa em espaços mais ou menos populares como supermercados, apesar da proibição estampada em letras garrafais bem na entrada.
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De gente com corpo coberto decentemente se espera um comportamento civilizado e não invasivo, enquanto que uma pessoa seminua parece estar vestida para gandaia, pronta para zoar e aprontar todas!
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Penso nisso, enquanto me lembro do fechamento do glamouroso Hotel da Bahia, enquanto o Hotel Sacher vai muitíssimo bem, obrigado!
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Epílogo... Penso também nos outros hotéis de Salvador, que já viram dias melhores e principalmente noites mais calmas, mais "família" ...isto é, sem rameiras, sem putas, para quem ainda não entendeu onde quero chegar.
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Basta olhar em volta, vendo a bagunça na rua, a imundice e a poluição sonora, para descobrir o porquê Salvador não é destino para turista tipo caixa alta, como por exemplo Mônaco, como Nice, Corfú, Marbella etc.
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Belezas natuaris e arquitetônicas temos de sobra!
Também temos o melhor mar para velejar, uma história e uma cozinha interessantíssima, ganhando de qualquer outra cidade do mundo!
Só que são os outros, que vem faturando alto com turismo... não nós!
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Pois é, me corta o coração vendo o pedaço mais lindo do sistema solar, servindo apenas de cenário porno-erótico para gringos tipo "pé-sujo", sem modos, sem cultura e sem grana, se enrolando com sacizeiros locais e putas, ao som exageradamente amplificado do que temos de pior na MPB.
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Enquanto o poder público insistir nessa soap-opera horrível, nessa tragicomédia de péssimo gosto, vamos continuar perdendo bilhões em receita com turismo de qualidade.
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"Pé de chinelo" seminu sendo tolerado em supermercado, mostra bem às quantas anda a nossa auto-estima.
Gerente de supermercado prefere ganhar uma merreca, mesmo sabendo que com essa falta de postura pode afugentar cliente bom e habitué.
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Não nos faltam apenas turistas de qualidade.
Antes disso necessitamos de políticos de qualidade, com postura de gente grande... e coragem para"peitar" as nulidades que nos últimos anos se adonaram da Barra!
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Basta tirar a muvuca da Barra, da Ondina... e as putas fuleiras, garotos de programa... e os sacizeiros sumirão por si, deixando espaço livre para novos equipamentos hoteleiros e turistas classe "A", fequentadores em potencial do Bistrô PortoSol, é claro!
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Quem ainda não entendeu o que quero dizer com este texto, basta vir ao Bistrô PortoSol e conferir a frequência. para saber o que eu chamo de cliente classe "A"!
"Turistas" nota 10 daqui mesmo, soteropolitanos ou não, brasileiros, gente finíssima, viajando através do cardápio austro-húngaro, a botdo de uma nau chamada Bistrô PortoSol, com uma tripulação diferente de tudo que você já viu... a começar pelo taverneiro ;-)))

domingo, 7 de novembro de 2010

Confissões de um taverneiro-leão de chácara


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O que é melhor?
Tropeçar no caminho certo, ou marchar elegantemente na direção errada?
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Penso nisso, de olho nas mudanças que ocorrem neste nosso país agorinha mesmo!
Há 28 milhões de novos consumidores na praça!
Será que a administração pública está preparada para essa situação?
Será que algum prefeito já se preocupou com a enxurrada de lixo, de xixi e de cocê que vem por aí?
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Preconceituoso como sou, percebo logo uma semelhança importante nos donos de supermercados e administradores públicos.
Prefeito e governador parecem tolerar todo tipo de desordem, evitando indispor-se com bagunceiros, Sujismundos, mijões e invasores de áreas de risco... vendo neles eleitores em potencial,
e donos de supermercados permitindo que gente seminua e sem camisa circule nas lojas, ostentando atualmente comportamentos estranhos... Novos consumidores, que até ontem compravam retalhos de alimentos alí mesmo na vendinha na invasão - eta ferro, quanto preconceito - para fazer um sobe-desce, agora fazem supermercado como "gente bem" hehehe, dividindo os corredores de supermercados e filas nas caixas conosco... hehehe
Quem nunca comeu melado... sacumê.. hehe
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Sei que passamos uma fase, que os academicos chamam de "demanda reprimida"!
Já vi esse filme no pós segunda guerra lá na Áustria... e sei que toda essa balbúrdia, esse comportamento estapafúrdio, é passageiro.
Faz parte do processo de acabar com a miséria, com as loucas desigualdades ainda encruadas no tecido social do Brasil.
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Mas na prática e de perto, essa teoria é ligeiramente diferente...
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Lá ia eu ontem em busca de um creme de barbear numa loja do maior supermercado da praça. Diante da gôndola havia um sujeito, que o meu olhar preconceituoso de imediato identificou como sendo um dos emergentes, com o buraco da calça cheio de "Bolsa Família". hehe
O carinha pegava da prateleira uma por uma das latas de desodorantes-spray, borrifando membros e tronco, só para sentir o perfume.
O corredor cheirava fortemente a quarto de puta.
Fugi imediatamente para não me contaminar!
Será que na Perini vendem Creme de Barbear?
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Da mesma forma como há vendinhas, lojas, supermercados e boutiques, com mercadorias e clientela diferentes, há também bares, botecos, barzinhos, boites e restaurantes.
( há "bibocas" vendendo o latão de cerveja a 1 Real... e há restaurantes diferentes e exclusivos como o Bistrô PortoSol )
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Diferentemente dos gestores públicos e donos de supermercados, cuido de meu público alvo!
Não permito que eventuais "não-clientes", que não compreendem a proposta do Bistrô PortoSol perturbem a nossa seleta clientela, nem profanem o nosso espaço transadinho..
Não vou por o nosso restaurantinho temático e super-familia em risco, só para vender algumas das nossas cervejas bem geladas para gente folgada vindo da praia, querendo apenas enfiar o pé na jaca, beber e bagunçar.
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Posso tropeçar de vez em quando, mas sei que estou no caminho certo há 9 ( nove ) anos!
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Prost!
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Reinhard Lackinger
taverneiro e leão de chácara
p.s. Não se caracteriza "venda casada", quando posso provar que não disponho de estrutura para vender só bebidas.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

História de um presépio


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História de um presépio
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Hoje quero contar uma história sobe um presépio, que pode ficar em São Paulo, em Florianópolis ou em Itaquaquecetubamonhangaba.
Um lindo presépio, com figuras esculpidas à mão pelos artistas hábeis de Treze Tílias.
No meio dele, o menino Jesus e o casal Maria, mãe de Deus e São José.
No fundo, boi e jumento.
Perto da estrela guia de Belém, que ficava na cumieira do estábulo e caiu ano passado, à beira do telhado, há os dois anjinhos portando harpa e trombeta.
O entorno da manjedora está cheio de pastores com suas respectivas ovelhas.
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O grupo de crianças, que costuma cercar o presépio durante a época de natal, tem ficado pequeno com o passar dos anos.
Os olhos da meninada diante dele já não brilham como antes.
Elas parecem fitar apenas as palmas das próprias mãos, que emanam silvos estranhos, parecendo o piar de pintos eletrônicos.
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Na semana que antecede o primeiro domingo de advento, o capelão, ajudante do vigário decidiu adicionar às antigas imagens de madeira, figuras de Playmobil e outros "clássicos" famosos do universo dos brinquedos.
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Resultado: as crianças ficaram estupefatas e sem fala, enquanto os adultos faziam diversos comentários.
Um idoso achou que o Tyrannosauro rex não combinava com o ambiente, mas o senhor vigário estava contente.
Há muito tempo ele não via tantas crianças e até adultos diante do presépio de sua igreja.
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- Figuras de animais utilitários, criaturas mansas e imitações de gente pacata e ordeira podem permanecer -, disse dona Porcina Porciúncula Stronzo, puxadora do terço durante o rosário. - Criaturas de Deus, tudo bem, mas bestas feras e monstros devem ser retirados já -, concluiu ela com timbre alterado.
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O capelão, um idealista apaixonado pelo "social", aproveitou a discussão para comparar as figuras rejeitadas entre as peças Playmobil com os beneficiários do bolsa família e novos consumidores, atualmente disputando o espaço em supermercados com "gente bem"...
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- Está tudo bem -, disse o senhor vigário, botando panos quentes. - Está tudo bem... mas uma Barbie seminua realmente não cabe no local. Alem disso, acho que não foi uma boa idéia querer compensar a ausência da estrela de Belém com a do PT.
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Reinhard Lackinger

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A história do Trigo na Bahia




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A foto acima mostra o Eng. Haroldo Lopes de Sá
O texo a seguir é de Pedro Gabrielli, colega e amigo de Haroldo Sá.
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Campanha do Trigo na Bahia.
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A população da Bahia desconhece que já houve colheita de trigo em duas safras recordes no governo de Octávio Mangabeira, sob o planejamento e supervisão do engenheiro Haroldo Lopes de Sá, então Secretario das Municipalidades e membro da Comissão de Planejamento Econômico do governo, na gestão de Rômulo Almeida.
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Por ser uma região rica em calcário, com terrenos típicos para a colheita de cebola, uva e trigo, foi selecionada uma grande área no vale do rio Jequiriçá, na cidade de Jaguaquara, junto aos vales do Paraguaçu e do S. Francisco, para o plantio pioneiro de trigo.
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O sucesso foi tremendo!
Porém a colheita foi sabotada pelos grupos que dominavam (dominam ainda hoje?) a importação do trigo canadense e argentino.
Houve um boicote às maquinas colheitadeiras, para que o trigo germinasse e se perdesse no talo, uma vez que, se não colhido quando maduro, apodrece e perde-se no pé.
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Nessa época, o ministro da educação era o dono e fundador do Jornal A TARDE, Ernesto Simões Filho, que utilizando seu prestigio de ministro do governo, rompeu todas as barreiras e conseguiu as máquinas que propiciaram a inauguração da primeira moagem do Moinho Salvador, recém instalado em nossa Cidade.
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O trigo foi colhido em duas safras, quando os melhores resultados canadenses e argentinos se restringem a apenas uma anualmente.
Segundo dados da época - anos quarenta e inicio dos cinqüenta - os três vales citados teriam condições de abastecer todo o Brasil e América Latina do grão tão precioso.
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Com a saída do Engenheiro Agrônomo Haroldo Sá do empreendimento, o projeto foi esquecido e retomado o dispendioso esquema de importações da commodity que representava (representa?) a segunda maior pauta de gastos de divisas do Brasil.
Lamentável.
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Pedro Gabrielli