Muito se fala na falta de educação do povo, referindo-se aos que jogam lixo na rua, não recolhendo as fezes dos cachorrinhos, aos que urinam em qualquer parte da cidade, para no minuto seguinte constatar que não há como cobrar nada dos cidadãos, já que não há lixeiras ou distribuidas sem lógica pela cidade, como não há um santitário público sequer.
Refiro-me a sanitários públicos usáveis, como o esboço que apresento a seguir.
Penso que não há educação sem fiscalização! Enquanto não houver agentes fardados admoestando e multando transgressores e principalmente os mijões contumazes, a gente terá que se limitar a se queixar e a sentir o fedor de urina.
Pode-se autuar quem não recolher o cocô do cãozinho - algo que a depender do tamanho do bicho pode pesar um quilo - , já que é obrigação da dona do Poodle, do dono do Rottweiler trazer um saquinho de casa.
No caso do lixo e da urina não há como admoestar ninguém, já que não há lixeira, muito menos sanitário público.
Já discuti com um preposto da Vega o design da lixeira igual em todo Brasil dizendo que na Bahia essas cestas de lixo, que mais parecem "caixas coletoras dos correios" não funcionam... como toda coleta de lixo na cidade é precária!
Mesmo assim, se em cada esquina e em cada ponto de ônibus tiver uma lixeira, logo logo o cidadão se acostumará com isso, não jogando mais o lixo no chão ou na bocade lobo, alvo predileto dos Sujismundos da atualidade.
Quanto ao problema do xixi e do cocô do povo, apresento aqui um esboço que pode ser desenvolvido até por alunos de arquitetura, por estudantes de engenharia civil.
Não basta ter um sanitário público! É preciso dar manutenção, ter limpeza 24 horas por dia!
Por favor imagine um quiosque numa praça, num local, onde houver um espaço redondo com uns 5 metros de diâmetro.
No "têrreo" funcionará um quiosque, com balcão na frente e com duas escadinhas no fundo, dando acesso ao sanitário público no subsolo, com duas chaminés passando ao lado da construção, garantindo a ventilação.
Importante: o cidadão que obtiver a concessão do quiosque para o comércio de miudezas, de jornais, revistas, lanchinhos, frutas, terá a obrigação de zelar pela manutenção e limpeza do mictório público instalado na parte de baixo da construção premoldada.
O concessionário poderá até cobrar - será supervisionado - pelo xixi e pelo cocô.
O concessionário que não cuidar do espaço público transformado em privada, perderá aconcessão e consequentemente o quiosque.
Essa é a única maneira de ter em Salvador algum sanitário público funcionando e limpinho!
Salvador, 8 de março de 2010
Reinhard Lackinger
p.s. Quem disse que parte da Fonte Nova caiu porque a estrutura daquele anel superior havia sido corrroido pela urina dos torcedores... igualzinho às colunas do viaduto Luiz Cabral... deve estar certo!
Você esqueceu da coleta do lixo que deve ser diária, da varrição das ruas, e dos passeios tabmbém, por fim do recapeamento asfáltico e da tapação dos buracos - ou serão trincheiras?. Lembro que a rua Bernardo Catarino é a única ladeira que alaga com qualquer chuviscote.
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